Catolicismo

Catolicismo

 

Catolicismo Vertente do Cristianismo mais disseminada no mundo, o Catolicismo é a religião que tem maior número de adeptos no Brasil. Baseia-se na crença de que Jesus foi o Messias, enviado à Terra para redimir a Humanidade e restabelecer nosso laço de união com Deus (daí o Novo Testamento, ou Nova Aliança). Um dos mais importantes preceitos católicos é o conceito de Trindade, ou seja, do Deus Pai, do Deus Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo. Estes três seres seriam ao mesmo tempo Um e Três.

Na verdade, existem os chamados Mistérios Principais da Fé, os quais constituem os dois mais importantes pilares do Catolicismo. Eles são:

· A Unidade e a Trindade de Deus.
· A Encarnação, a Paixão e a Morte de Jesus.

O termo "católico" significa universal, e a primeira vez em que foi usado para qualificar a Igreja foi no ano 105 d.C., numa carta de Santo Inácio, então bispo de Antioquia.

No século 2 da Era Cristã, o termo voltou a ser usado em inúmeros documentos, traduzindo a idéia de que a fé cristã já se achava disseminada por todo o planeta. No século 4 d.C., Santo Agostinho usou a designação "católica" para diferenciar a doutrina "verdadeira" das outras seitas de fundamentação cristã que começavam a surgir.

Mas foi somente no século 16, mais precisamente após o Concílio de Trento (1571), que a expressão "Igreja Católica" passou a designar exclusivamente a Igreja que tem seu centro no Vaticano. Cabe esclarecer que o Concílio de Trento aconteceu como reação à Reforma Protestante, incitada pelo sacerdote alemão Martin Lutero.

Em linhas gerais, podemos afirmar que o Catolicismo é uma doutrina intrinsecamente ligada ao Judaísmo. Seu livro sagrado é a Bíblia, dividida em Velho e Novo Testamento. Do Velho Testamento, que corresponde ao período anterior ao nascimento de Jesus, o Catolicismo aproveita não somente o Pentateuco (livros atribuídos a Moisés), mas também agrega os chamados livros "deuterocanônicos": Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus e alguns capítulos de Daniel e Ester. Esses livros não são reconhecidos pelas religiões protestantes.

O Catolicismo ensina que o fiel deve obedecer aos Sete Sacramentos, que são:

Batismo: O indivíduo é aceito como membro da Igreja, e portanto, da família de Deus.

Crisma: Confirmação do Batismo.

Eucaristia (ou comunhão): Ocasião em que o fiel recebe a hóstia consagrada, símbolo do corpo de Cristo.

Arrependimento ou Confissão: Ato em que o fiel confessa e reconhece seus pecados, obtendo o perdão divino mediante a devida penitência.

Ordens Sacras: Consagração do fiel como sacerdote, se ele assim o desejar, e após ter recebido a preparação adequada.

Matrimônio: Casamento.

Extrema-unção: Sacramento ministrado aos enfermos e pessoas em estado terminal, com o intuito de redimi-las dos seus pecados e facilitar o ingresso de suas almas no Paraíso.

O Culto a Maria e aos santos

Além do culto a Jesus, o Catolicismo enfatiza o culto à Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo) e a diversos santos. Este, aliás, foi um dos pontos de divergência mais sérios entre a Igreja Católica e outras correntes cristãs. Para os evangélicos, por exemplo, a crença no poder da Virgem e dos santos enquanto intermediadores entre Deus e os homens constitui uma verdadeira heresia. No entanto, os teólogos católicos diferenciam muito bem a adoração e a veneração: eles explicam que, na liturgia católica, somente Deus é adorado, na pessoa de Jesus, seu filho unigênito. O respeito prestado à Virgem Maria e aos santos (estes últimos, pessoas que em vida tiveram uma conduta cristã impecável e exemplar) não constitui um rito de adoração.

Vale ressaltar que o processo de canonização - que consagra uma pessoa como "santa" - é minucioso, estende-se ao longo de vários anos e baseia-se numa série de relatos, pesquisas e provas testemunhais.

Céu e o Inferno

A recompensa máxima esperada pelo fiel católico é a salvação de sua alma, que após a morte adentrará o Paraíso e lá gozará de descanso eterno, junto de Deus Pai, dos santos e de Jesus Cristo.

No caso de um cristão morrer com algumas "contas em aberto" com o plano celestial, ele terá de fazer acertos - que talvez incluam uma passagem pelo Purgatório, espécie de reino intermediário onde a alma será submetida a uma série de suplícios e penitências, a fim de se purificar. A intensidade dos castigos e o período de permanência nesse estágio vai depender do tipo de vida que a pessoa levou na Terra.

Mas o grande castigo mesmo é a condenação da alma à perdição eterna, que acontece no Inferno. É para lá que, de acordo com os preceitos católicos, são conduzidos os pecadores renitentes. Um suplício e tanto, que jamais se acaba e inclui o convívio com Satanás, o senhor das trevas e personificação de todo o Mal.

Mas quais são, afinal, os pecados?Pecar é não obedecer aos 10 Mandamentos de Moisés, incorrer num dos Sete Pecados Capitais, desrespeitar os 5 Mandamentos da Igreja ou ignorar os Mandamentos da Caridade.

Os 10 Mandamentos da Lei de Deus são:

1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar Seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

Os Sete Pecados Capitais são:

1. Gula
2. Vaidade
3. Luxúria
4. Avareza
5. Preguiça
6. Cobiça
7. Ira

Os Mandamentos da Igreja são:

1. Participar da Missa nos domingos e festas de guarda.
2. Confessar-se ao menos uma vez ao ano.
3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4. Santificar as festas de preceito.
5. Jejuar e abster-se de carne conforme manda a Santa Madre Igreja.

E os Mandamentos da Caridade são:

1. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente.
2. Amarás a teu próximo como a ti mesmo.